sexta-feira, 9 de setembro de 2016

Câmara dos EUA autoriza processar sauditas por 11 de Setembro

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou um projeto de lei autorizando as famílias das vítimas dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001 a processar a Arábia Saudita. O presidente Barack Obama deve vetar o projeto alegando que pode prejudicar as relações bilaterais e ameaçar funcionários dos EUA no exterior, informa a agência Reuters.

Dos 19 terroristas responsáveis pelos quatro ataques em 11 de setembro, 15 eram sauditas, assim como o líder do grupo, Ossama ben Laden. Analistas acreditam que eles foram escolhidos pela rede terrorista Al Caeda com o propósito de abrir um fosso nas relações entre os dois países, que têm uma aliança histórica desde os anos 1930s.

Al Caeda considera a família real saudita, guardiã das cidades sagradas de Meca e Medina, como fantoche do Ocidente, especialmente depois que o rei convidou os EUA para proteger o reino na Operação Escudo no Deserto, em 1990, quando o então ditador iraquiano ocupou o vizinho Kuwait e ameaçou invadir a Arábia Saudita.

Às vésperas do 15º aniversário dos atentados contra Nova York e o Pentágono, a sede do Departamento da Defesa dos EUA, a Câmara aprovou o projeto defendido por um deputado como um "imperativo legal". Além dos 19 terroristas, 2.977 pessoas foram mortas nos atentados.

A Arábia Saudita fez forte pressão contra a aprovação da chamada Lei de Justiça aos Patrocinadores do Terrorismo, ameaçando se desfazer de bens e investimentos nos EUA. Obama promete vetar, mas a maioria republicana quer derrubar o veto e usar o caso contra o Partido Democrata nas eleições de 8 de novembro de 2016.

Um comentário:

Anônimo disse...

Os republicanos, quando descobrirem que os sauditas são grandes compradores de armamentos, eles próprios vetarão a lei.