segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Hillary passa mal e suspende campanha temporariamente

A ex-secretária de Estado Hillary Clinton sentiu-se mal ontem durante a cerimônia em homenagem aos mortos em 11 de setembro de 2001 em Nova York e precisou ser amparada para entrar num carro. Sua campanha revelou que ela foi diagnosticada com pneumonia na sexta-feita. A candidata do Partido Democrata suspendeu a campanha, suscitando dúvidas sobre suas condições para presidir os Estados Unidos.

O quase desmaio de Hillary colocou a saúde dos candidatos no centro da corrida à Casa Branca. A ex-secretária tem 68 anos, enquanto seu adversário do Partido Republicano, o magnata imobiliário Donald Trump, tem 70 anos. O presidente Barack Obama tinha 47 anos quando foi eleito.

Trump, que acusava Hillary de não ter o vigor necessário para presidir os EUA, desta vez preferiu a cautela e desejou melhoras à sua oponente. Ele prometeu divulgar nos próximos dias os resultados de exames médicos.

Hillary ficou de revelar seu boletim médico nesta semana. Foi um péssimo fim de semana para a candidata democrata. Em entrevista, ela chamou a metade dos eleitores de Trump de "uma cesta de deploráveis, sexistas, racistas, homofóbicos, islamofóbicos...",  todos cheios de preconceitos.

A gafe foi comparada à do ex-governador Mitt Romney. Quando enfrentava o presidente Obama na eleição de 2012, Romney disse que 47% dos americanos preferiam o presidente porque dependem de ajuda do Estado. Obama, por sua vez, descreveu o eleitorado branco masculino sem curso superior onde sempre enfrentou resistência como gente assustada que se "apega à religião e se agarra a suas armas".

Numa campanha eleitoral, ataque seus adversários, não seus eleitores. Parece lógico, mas a política às vezes cai na irracionalidade.

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