quarta-feira, 17 de maio de 2017

Procurador especial vai investigar relações de Trump com a Rússia

O subprocurador-geral dos Estados Unidos, Rod Rosenstein, nomeou hoje o ex-diretor-geral do FBI (Federal Bureau of Investigation) Robert Mueller como procurador independente para investigar a interferência indevida da Rússia na eleição presidencial americano e um possível conluio entre a campanha de Donald Trump e o Kremlin.

Mueller foi diretor-geral do FBI, a polícia federal dos EUA, de 2001 a 2013, quando foi substituído por James Comey, demitido por Trump em 9 de maio de 2017. Ele chefiou as investigações sobre os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001.

Ontem, o jornal The New York Times revelou um memorando interno do FBI em que Comey acusa o presidente de pressioná-lo para encerrar o inquérito sobre seu ex-assessor de Segurança Nacional, general Michael Flynn, acusado de mentir sobre contatos com os russos.

Comey foi a uma reunião na Casa Branca da qual participaram o vice-presidente Mike Pence e o secretário da Justiça e procurador-geral dos EUA, Jeff Sessions. Depois do encontro, Trump dispensou o vice-presidente e o procurador-geral para ficar sozinho com Comey.

Isso caracterizaria obstrução de justiça, ao lado do relato de que Trump pediu ao então diretor-geral do FBI que parasse a investigação sobre Flynn sobe o argumento de que "ele é um cara legal" e "não faz nada de errado".

Desde a demissão de Comey, a oposição democrata exige a indicação de um procurador independente para presidir o inquérito. A obstrução de justiça é um crime grave, capaz de levar ao impeachment de um presidente dos EUA. Rosenstein alegou que a nomeação de um procurador especial é de "interesse público".

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