sexta-feira, 10 de novembro de 2017

Arábia Saudita pede a seus súditos que deixem o Líbano

Em mais um lance de sua guerra indireta contra o Irã, a Arábia Saudita pediu ontem a seus súditos que deixem o Líbano. No sábado passado, durante visita a Riade, a capital saudita, o primeiro-ministro libanês, Saad Hariri, renunciou denunciando tentativas de assassiná-lo. Ele acusou o Irã e a milícia extremista muçulmana xiita Hesbolá (Partido de Deus), que faz parte do governo do Líbano.

O ministro do Exterior saudita, Adel al-Jubeir, fez um apelo à comunidade internacional em entrevista ao canal americano de notícias econômicas CNBC pela aprovação de "sanções contra o Irã por seu apoio ao terrorismo e por violar resoluções das Nações Unidas sobre mísseis balísticos".

Cinco dias atrás, a defesa antiaérea da Arábia Saudita interceptou um míssil com destino a Riade disparado do Iêmen, onde os rebeldes hutis, xiitas zaiditas sustentados pelo Irã, lutam contra o governo apoiado pelas monarquias petroleiras do Golfo Pérsico. O governo saudita considerou o ataque um "ato de guerra".

Desde 25 de março de 2015, a Arábia Saudita intervém na guerra civil do Iêmen. Sua Força Aérea é acusada de vários ataques com mortes de civis. No momento, os sauditas apoiam um cerco que está causando fome em massa em populações sitiadas.

Al-Jubeir descreveu a situação do Líbano como "desafortunada". Acusou o Hesbolá de "sequestrar o sistema" e de bloquear a ação de Hariri na chefia do governo.

"Devido às circunstâncias na República do Líbano, o reino pede a seus cidadãos que estejam visitando o país ou nele residindo" para saírem o mais rapidamente possível, declarou em nota o Ministério do Exterior saudita.

Nenhum comentário: