terça-feira, 7 de novembro de 2017

Atirador do Texas fugiu de hospital psiquiátrico em 2012

Cada vez mais se acumulam evidências de que Devin Patrick Kelley não poderia ter comprado o fuzil semiautomático com que matou 26 pessoas e feriu outras 20 no domingo na Primeira Igreja Batista de Sutherland Springs, no Texas. Hoje, revelou-se que ele fugiu em 2012 de um hospital psiquiátrico onde fora internado pela Força Aérea dos Estados Unidos.

Quando Kelley foi preso pela polícia a quilômetros de distância, a Força Aérea declarou que ele fora internado por ameaçar de morte superiores e entrar com armas escondidas dentro do quartel. É mais um antecedente criminal do atirador, noticiou o jornal The New York Times.

Kelley "era um perigo para si mesmo e para outros, e já tinha sido pego contrabandeando armas para dentro da Base Aérea de Holloman", diz o relatório do inquérito da polícia de El Paso. Ele também foi condenado com suspensão de pena por maltratar seu cachorro, quando morava em Colorado Springs.

Em 2014, ele foi expulso da Força Aérea depois de ser condenado a um ano de prisão por bater na mulher e fraturar o crânio de um bebê enteado.

A lei federal dos EUA proíbe o porte e a posse de armas por quem "tenha sido internado para tratamento em hospitais e clínicas psiquiátricas" em consequência de sentença judicial. Se a Aeronáutica tivesse avisado o FBI (Federal Bureau of Investigation), a polícia federal dos EUA, Kelley estaria no cadastro nacional daqueles que não podem comprar armas.

Por esse erro burocrático, ele comprou dois fuzis semiautomático e disparou mais de 400 tiros dentro da pequena igreja de uma cidade de apenas 400 habitantes.

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